Sobe Desce

Nome: Sobe-e-Desce

Filiação: Mateiro

Canto : Goiano Puro 

Mateiro, Sobe-e-Desce usava anilha aberta do IBDF, pois naquela época a legislação permitia. Existem duas versões sobre o local onde teria sido capturado, uns dizem que foi em Catalão-GO, outros dizem que teria sido em Vazante-MG, sendo que esta última parece ser a mais correta.

Apareceu nas rodas pelas mãos do Sr. Romeu Ambrósio, de Brasília. 

Estima-se que já tinha uns 10 anos de idade quando se destacou. 

Enquanto pertencia ao Sr. Romeu, não ganhou nenhum título. 

Adquirido pelo Sr. Namyr Jafet, do Rio, em 1988, com quem ficou até morrer. 

Quando adquirido pelo Sr. Namyr, dava em média 3 cantos, depois passou a dar de 13, 15 até 20 cantos. Seu canto no início era mais alto, depois com mais idade seu canto ficou macio e mais suave. 

Sobe-e-Desce destacou-se pela extraordinária fibra que possuía, sendo um dos pássaros que apresentou o maior número de cantos até hoje em torneios (conta-se que chegou a dar 235 cantos em um torneiro de Barbacena, marcado por 5 marcadores, que ficavam maravilhados de ver a quantidade de cantos que ele apresentava). Sua média de cantos em torneis que disputava era de 170 a 180 cantos. 

Caracterizava-se pela regularidade que apresentava. Em todos os torneios que participava, sempre apresentava-se dentro da média. Sempre conquistava os primeiros lugares. Foi campeão seguido de 1989 até 1994. 

Em um dos anos que foi campeão, deixou de participar de 3 torneios, ficando com 60 pontos atrás do primeiro lugar durante a competição, porém no final do campeonato, recuperou o atraso e ganhou com 60 pontos na frente.

Sobe-e-Desce era um extraordinário galador e galava em qualquer ocasião e oportunidade, sendo que não falhava uma galada sequer. 

Deixou inúmeros descendentes, sendo que o próprio Sr. Namyr possui um filho (Peão) que já ganhou 4 Campeonatos. 

Nos torneios regionais do Rio de hoje, a maioria dos ganhadores são da raça Sobe-e-Desce. 

Recebeu a homenagem como pássaro do século, concedido pela Febrascri do Rio. 

Uma passagem de sua carreira, como já mencionado na história do Batuque, em 1987 no torneio de Brasilia, Batuque e Sobe-e-Desce ficaram em primeiro e segundo lugares, porém a marcação foi anulada e na recontagem ficaram em 16º. e 17º. lugares, quando então seu proprietário ( Sr. Romeu ) quebrou o trouféu em protesto. 

Sobe-e-Desce faleceu em 1996, de morte natural, depois de ficar cego. Durante sua carreira, o Sr. Namyr recebeu propostas elevadas de valores por ele, sendo que um banqueiro chegou a oferecer um cheque em branco, tendo sido recusado.

Colaboraram na elaboração desta história:

Aloisio Pacini Tostes – Ribeirão Preto - SP.

Namir Jafet – Rio de Janeiro

Escrito por Paulo Schiavon, em 11/01/2004